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Propriedades rurais de Rosário do Sul são contempladas com projeto RestaurAPA

No dia 28 de julho, a reportagem do Jornal A Plateia, de Sant’ Ana do Livramento, esteve acompanhando uma missão do RestaurAPA na Estância do Umbu localizada a 32 km da cidade entre as regiões dos Cerros Verdes e Rincão Bonito. Segundo a bióloga e uma das técnicas do projeto, Mariana Vieira, representante da Universidade La Salle, ao todo são 20 propriedades contempladas entre os municípios de Rosário do Sul, Alegrete e Quaraí.

De acordo com o jornal, em Sant’Ana do Livramento o projeto atende 10 propriedades rurais, onde foram implantados, junto com os produtores, novas técnicas de manejo de pastagens e utilizam recursos naturais das áreas do Bioma Pampa, além da utilização de máquina Campo Limpo  utilizada na aplicação de herbicidas que combatem exclusivamente o capim annoni sem prejudicar as outras espécies.

A planta invasora, de origem africana, foi introduzida no Rio Grande do Sul na década de 1950 e se espalhou pelo estado, ocasionando prejuízos à biodiversidade nativa e à produção pecuária sustentável. O capim-annoni possui características como alta produção de sementes e persistência de sementes no solo por longos períodos. Além disso, características como a baixa palatabilidade, baixo potencial nutritivo para o gado e alto teor de fibras, podendo inclusive desgastar a dentição do rebanho e prejudicar a alimentação dos animais, resultam no baixo consumo da espécie, o que favorece a permanência desta no ambiente e aumenta o poder de invasão.

Mariana Vieira disse a A Plateia que existem formas diferentes de lidar com áreas degradadas, onde são aplicadas um conjunto de técnicas.

 “Nós temos diferentes formas de lidar com essas áreas degradadas onde são aplicadas um conjunto de técnicas, como diferimento, pastoreio rotativo, controle químico e mecânico, sobre semeadura de espécies hibernais. Onde o projeto é acompanhado com o monitoramento da vegetação para quantificar os resultados para ver aquilo que nós conseguimos reduzir nessas áreas de campo invadido e aumentar a vegetação nativa”, disse a bióloga.

Mariana destaca ainda ao veículo de comunicação que o RestaurAPA está servindo como um verdadeiro laboratório a céu aberto e que a ideia é que os produtores continuem com esta proposta após o encerramento do projeto. “Nós queremos isso. Que essa semente fique plantada e que outros produtores que querem se somar a este tipo de pecuária sustentável também utilizem esses métodos”, disse.

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O projeto é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO como agência executora, o RestaurAPA é implementado pela Universidade La Salle (UniLaSalle), em parceria com a Emater/RS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Foto em destaque: Matias Moura/A Plateia

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