Difícil escrever algo quando não existem palavras para expressar um sentimento que toma conta de toda uma população. Um sofrimento tão grande atingiu o Rio Grande do Sul, Brasil e mundo que mesmo aqueles que não tinham relação direta com o fato sentiram uma tristeza profunda pelo que aconteceu. A tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, marca a história desse século como a noite mais longa que os gaúchos já presenciaram, com a fumaça preta e tóxica tirando precocemente a vida de mais de 200 filhos dessa terra.

Desde a madrugada de domingo (27), o mundo parou para chorar a perda destes jovens. A cada detalhe que era revelado, a cada nome que era listado, a cada corpo que era retirado pelos Bombeiros ou valentes voluntários, a angústia aumentava, o medo pelos entes queridos tomava conta e o cenário se tornava devastador. Quem vivenciou este evento, certamente nunca mais irá esquecê-lo.

Agora, fazem-se perguntas que devem ser respondidas, em respeito à vida destes jovens e ao sofrimento de quem os perdeu. Espera-se medidas e soluções que já deveriam ter sido tomadas e talvez tivessem evitado esse desastre. E reza-se por aqueles que ainda lutam para sobreviver nos hospitais.

Infelizmente, Rosário do Sul fez parte desta fatalidade. Três dos que lá tombaram eram daqui; sem contar os conhecidos, amigos e parentes das pessoas que aqui residem e entraram nesta festa, da qual nunca mais conseguiriam sair. A cidade inteira está de luto. Todos se solidarizam com a dor que os familiaries e pessoas mais próximas das vítimas sentem neste momento. A Gazeta de Rosário também. Esta edição é em respeito e homenagem aos que se foram e aos que aqui ficaram.