Dois homens com antecedentes policiais foram presos em flagrante na manhã da quarta-feira (21), por envolvimento em furto abigeato praticado em uma propriedade localizada no Primeiro Distrito de Rosário do Sul. Duas vacas prenhas foram carneadas.
Na manhã de quarta, a Brigada Militar recebeu denúncias anônimas de que homens estariam comercializando a carne oriunda do abigeato no bairro Tenente Bandeira, zona oeste da cidade. No local indicado, rua Primeiro de Abril, a BM encontrou dois motociclistas, um de 50 anos e outro de idade não informada. O primeiro foi preso e o segundo conseguiu fugir. No imóvel estava ainda outro envolvido, um homem de 53 anos.
Foram encontrados aproximadamente 100 quilos de carne de gado, uma faca e uma chaira (peça usada para afiar facas). Os produtos e os envolvidos foram encaminhados para a Polícia Civil, onde a autoridade policial determinou o auto de prisão em flagrante delito. Ambos foram encaminhados ao presídio estadual.
O crime teria ocorrido durante a madrugada da mesma data em que os homens foram presos, em uma propriedade localizada na BR 158, que liga Rosário do Sul a Santana do Livramento. Conforme os pecuaristas, os animais que foram carneados haviam sido vacinados e banhados com produtos e, por essa razão, existia uma carência para abatê-los de no mínimo 60 dias. Segundo eles, os princípios ativos dos remédios poderiam intoxicar quem consumisse o produto. Além disso, por estarem prenhes, elas também não poderiam ser abatidas, visto que a carne dos animais fica com febre.
Os criadores ressaltaram que os abigeatários não utilizaram tiros, mas carnearam os animais de forma quase profissional, com o coreamento (retirada do couro), desossando e sangrando. A carcaça dos animais e os futuros bovinos que eram gestados foram deixados no local.
A reportagem da Gazeta conseguiu entrar em contato com um dos pecuaristas, que afirmou que em um ano apenas, já foram carneadas e furtadas de sua propriedade, cinco vacas prenhas. Ele ainda calcula que de 1996 até hoje, cerca de 150 animais foram carneados ou levados por criminosos. “É praticamente o mesmo número de animais que temos hoje no campo”, disse uma das vítimas, referindo-se ao prejuízo dos últimos 22 anos com o gado furtado.
OUTRO CASO – Também no dia 21 de março, um homem de 60 anos compareceu na DPPA informando o furto abigeato ocorrido no Primeiro Distrito, região entre a Divisa e a Corte. Conforme a vítima, na madrugada de 17 de março, desconhecidos cortaram seis cordas da cerca de sua propriedade e outras duas que são de propriedade do Exército, e invadiram o local, carneando uma vaca mocha. No campo, ficaram as vísceras e a cabeça do animal.
Reportagem: Julio Lemos / Gazeta de Rosário
Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal
