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Crimes variados

A edição dessa terça-feira (17) está recheada de notícias policiais. Por um lado, lamenta-se a incidência de crimes e delitos. Por outro, celebra-se que essas atividades ilícitas estão sendo flagradas pelos órgãos de segurança do município, nos casos em questão pela Brigada Militar. Destaco aqui fatos bem distintos, que vão desde reparação por perda familiar, a reincidência criminal, passando por ocorrências no mínimo curiosas.

Na página 4, a decisão da Justiça de condenar a União e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a pagar indenização a uma família que perdeu o esposo e pai de três filhos em um acidente envolvendo um animal solto na pista. Desde o fatídico evento, em 2013, além da dor da perda, a mãe e os jovens passam por dificuldades financeiras, visto que a vítima provia o sustendo dos mesmos.

Considero a decisão justa, apesar de que o proprietário do cavalo com que o carro colidiu também deveria responder por negligência. Ele, no entanto, não foi encontrado. Essa situação vem de encontro com uma matéria há pouco divulgada neste jornal, sobre os equinos que perambulam pelas ruas da cidade. “Não dá nada”, até que uma vida se perca.

Já na página 10, uma ocorrência que seria cômica, se não fosse o transtorno causado à vítima, a má intenção do acusado, e o tempo ocupado dos já sobrecarregados policiais. Após chamar uma tele-entrega de duas vodkas e uma carteira de cigarros, um homem usou uma pistola de cola plástica para simular uma arma de fogo e roubar os produtos do entregador. Sem o menor indício de raciocínio lógico, o autor permaneceu na própria residência, onde foi encontrado pela Brigada Militar.

Situação ainda mais inusitada é o caso da ossada encontrada na casa abandonada da Rua Canabarro, já divulgado na edição anterior. Certos de que se tratam de restos mortais retirados do Cemitério Municipal, principalmente devido à foto encontrada junto com os ossos, em uma sinistra sexta-feira 13, as partes do esqueleto foram entregues no local.

Por fim, uma notícia recorrente em nossas páginas policiais: criminosos com vasta ficha de passagens pela polícia que são soltos do Presídio precocemente, ou nem vão presos. Um homem de 35 anos, que já tem registros por homicídio, furto, tráfico de drogas e abigeato, entre outros, foi flagrado após furtar a bateria de um carro na companhia de um adolescente de 17 anos com antecedentes por estupro a vulnerável, furto, roubo a estabelecimento comercial e por ameaça. O maior foi preso, o menor entregue aos responsáveis.

Resta saber por quanto tempo o primeiro ficará atrás das grades e se existem possibilidades de recuperação, bem como se este jovem realmente tem o suporte necessário para sair do mundo do crime – e se um dia irá responder por aqueles já cometidos.

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