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Hospital Astrogildo de Azevedo lança Cirurgia Robótica em Santa Maria

Nesta quinta-feira, 17, um coquetel marca o lançamento da Cirurgia Robótica no Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria.

Com a presença da mídia, será apresentado o Da Vinci, modelo Xi, a última geração em cirurgia robótica, à disposição da comunidade local, regional e, por que não, estadual. O evento acontece a partir das 19h, na Unidade Alcides Brum (Rua Floriano Peixoto 1772).

Continuam os treinamentos entre todos os setores envolvidos, o que inclui o grupo de profissionais médicos e do corpo de enfermagem, de maneira que estejam prontos para a utilização plena do equipamento. Aliás, a primeira cirurgia, inclusive, já deve acontecer no dia 19.

Entre os mais familiarizados com a cirurgia robótica na instituição está o médico Cristiano Abaid. Aos 49 anos, graduado pela Universidade Federal de Santa Maria, cirurgião do Aparelho Digestivo e com 23 anos de profissão, participa como coordenador médico do novo serviço disponibilizado pelo Complexo. E, como ele diz, “auxiliado por um grande grupo de colegas”.

E é justamente nessa condição, de condutor do processo pela área médica, que Abaid foi ouvido. A seguir, uma pequena, mas elucidativa entrevista, foi realizada. Confira as respostas do profissional.

O que significa a cirurgia robótica, em termos de avanço, para os pacientes?

Cristiano Abaid: Cirurgia Robótica é uma opção cirúrgica minimamente invasiva para realização de procedimentos das mais diversas especialidades que demandam tratamento cirúrgico. Permite, ao paciente, a realização de procedimentos simples até procedimentos de grande complexidade, de forma segura com menor sangramento, menor dor no pós-operatório, retorno precoce as suas atividades e menor tempo de internação.

A cirurgia robótica é realizada por um cirurgião habilitado que comanda os 4 braços articulados do robô através de um console (como se fosse um joystick) com uma visão aumentada (até 10 vezes e em 3 D) da área a ser operada.

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O que significa a cirurgia robótica, em termos de avanço, para os profissionais de saúde, especialmente os médicos?

Cristiano Abaid: a cirurgia robótica permite que os cirurgiões consigam reproduzir, através dos braços do robô, os movimentos da mão humana com extrema precisão, inclusive filtrando os tremores, isso com uma visão em 3 D e um grande aumento. Além disso, a plataforma robótica adquirida pelo Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo (o robô mais moderno existente atualmente – Da Vinci Xi) permite a realização de ultrassonografia transoperatoria e possui um dispositivo chamado Firefly, que permite a visualização da microvascularização das estruturas, bem como identificação de linfonodos em resseccões oncológicas. Com isso é possível realizar cirurgias bastante complexas de uma forma precisa e segura.

O que significa a cirurgia robótica para a comunidade local e regional?

Cristiano Abaid: com a implantação do robô no Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, a comunidade terá a opção de realizar os procedimentos em nossa cidade e não mais se deslocarem a grandes centros para a realização dessas cirurgias, o que além de permitir ficarem perto de casa, minimiza os custos com viagens e estadias. Além disso, nossa cidade se torna referência para região para esse tipo de cirurgia trazendo pacientes, familiares e cirurgiões de outras cidades para o tratamento em Santa Maria.

Do ponto de vista científico, a cirurgia robótica em que estágio de desenvolvimento coloca o hospital e Santa Maria?

Cristiano Abaid: a aquisição do Da Vinci Xi coloca o Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo em um patamar de grandes Hospitais. Poucos hospitais no Brasil possuem serviço de cirurgia robótica e desses um número ainda menor o Robô Da Vinci Xi, que é o que temos de mais moderno na atualidade quando falamos em cirurgia robótica. Esse sistema adquirido contempla a realização de cirurgias na grande maioria das especialidades.

Qual é a sua função, como coordenador médico, nesse processo de implantação da cirurgia robótica no HCAA?

Cristiano Abaid: a implantação da cirurgia robótica demanda um minucioso processo de preparação, treinamento e organização. Então, foi criado um Comitê robótico que envolve um coordenador médico robótico, coordenadores médicos robóticos das principais especialidades, anestesistas, engenheiros, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, instrumentadores, setor administrativo, entre outros, enfim diversas equipes envolvidas e sendo treinadas para a concretização desse Serviço de Cirurgia Robótica. Além disso um grande grupo de cirurgiões das diversas especialidades da nossa cidade está fazendo o treinamento para se habilitarem à realização da cirurgia robótica e poderem ofertar essa tecnologia aos seus pacientes.

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