Um estudo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Sanitária (VISA), em parceria com a Unipampa aponta alto índice de larvas do mosquito transmissor da Dengue na zona urbana do município. Além do Levantamento de Índice Rápido (Lira), o estudo propõe ações para combater a infestação que já estão sendo projetadas pela Prefeitura.
Os resultados dos estudos foram divulgados este mês e foram desenvolvidos em março passado, tendo a participação de Gabriele Cezar, Bruna Barbosa, Cássia Nespolo, todos da Unipampa, Sandra Moreira da Secretaria de Saúde local e Adelaide Nunes, Tatiana Muller e Tarik Araújo da VISA. O acordo de cooperação foi desenvolvido no projeto de extensão “Ações de Extensão em Rosário do Sul” para monitorar focos de dengue, iniciado em 23 de março.
Entre as ações executadas estavam a coleta de amostras feitas pela VISA e a avaliação com resultados compartilhados no laboratório Entomológico da Visa que tem como responsável técnica a bióloga Marlise Pacheco.Já a equipe da Unipampa Campus de São Gabriel realizou a sistematização das coletas aplicando as informações no Google Earth, tendo como responsável a estagiária em gestão ambiental Gabriele Cezar. Os resultados apontados no Levantamento Rápido de Índices para o Aedes Aegypti somaram os 800 imóveis visitados em todos os bairros. Das 47 amostras coletadas, 36 deram positivo para o Aedes Aegypti (76,6%) e 11 amostras de mosquitos comuns (Culex) com 23,4%.
O estudo foi tema de reunião no gabinete do prefeito no dia 7 de abril e envolveu secretários de obras, saúde, educação, administração, planejamento e a chefe da Vigilância Sanitária de Rosário, Adelaide Nunes. As ações emergenciais de conscientização e combate ao vetor da dengue serão elaboradas e colocadas em prática o mais rápido possível. A comunidade também tem que fazer sua parte, mantendo seus pátios limpos e sem água parada.
Conforme Adelaide Nunes, as larvas do Aedes é vetor, além da Dengue, da Chikungunya e do Zika Virus, são encontradas na periferia e no centro da cidade. Ao contrário de outras espécies, este prefere água limpa. Não há casos da doença, mas em cidades próximas como Santa Maria e Santa Cruz já foram positivados vários casos. No ciclo reprodutivo, os ovos largados pela fêmea do mosquito tem condições de aguentar até um ano sobre potes e outros recipientes até utilizar a água parada para iniciar a reprodução. Água parada em caixas de água mal vedadas, piscina abandonadas, lixo seco e água limpa em vasos de plantas, calhas que não são limpas são ambientes propícios para a reprodução do mosquito. A limpeza regular ajuda no combate ao vetor da dengue.
Foto: Vigilância Sanitária / Divulgação
