As equipes do Sol América e Mundo Real farão, em duas partidas, as finais da categoria Principal do Campeonato Municipal de Futebol de Campo – Citadino 2016. Os finalistas bateram o Municipal e o atual campeão, Sacolão, em jogos que ocorreram dia 27 de novembro e 03 de dezembro, nas semifinais, no Estádio Centenário.

O Sol América, segunda melhor equipe da fase de classificação, conquistou a vaga após dois empates contra o Municipal. Já o Mundo Real entrou em desvantagem nas semifinais, pois o melhor classificado na primeira fase e atual campeão, Sacolão, jogava por dois empates.

Mundo Real reverte desvantagem

O primeiro jogo entre Mundo Real e Sacolão terminou sem gols. Já na partida final, domingo (03), o time da Progresso reverteu o resultado, tirando o Sacolão da finalíssima. O jogo terminou com  vitória do Mundo Real por 2 a 0, com gols de Dionatan Garcia “Nenê”, camisa 6, um dos destaques do time treinado por Gedelci Peres “Deco”.

A partida teve alternativas para os dois lados, muita movimentação e muitas faltas também. Apesar de precisar apenas de um empate, o Sacolão buscou o gol e teve como um dos destaques o camisa 11, Gugo, que efetuou algumas conclusões contra a meta do goleiro Rafael Manchinha.

Já o Mundo Real levou perigo na primeira etapa com armações de Ledimar e Maidana, ou com os ataques de Márcio Martins e do volante Nenê. Ainda na primeira etapa, aos 49 minutos, em um avanço pela esquerda com Márcio, o goleiro Tatu não saiu bem e Nenê estava lá para tocar para as redes, decretando 1 a 0. Ainda nos acréscimos da primeira etapa o Sacolão teve um gol anulado após falta.

Na segunda etapa, o Sacolão voltou pressionando e teve sua primeira chegada com Gugo. Tainã, camisa 7 do Mundo Real, avançou na sequência, chutando forte para que Tatu fizesse uma grande defesa, evitando o segundo gol. No entanto, em uma bola parada, aos 25 minutos, cobrança próxima à grande área pela esquerda, Dionatan Nenê marcou o seu segundo gol, chutando preciso no canto direito do goleiro Tatu, que tentou evitar, mas não teve chances.

O Sacolão acabaria ficando com um jogador a menos. Gugo entrou forte em uma dividida, fez falta e como já tinha levado um amarelo do árbitro Mauro Fontoura, recebeu o segundo e na sequência foi expulso. O Mundo Real também ficaria com um a menos, após o camisa 18, Alysson, também levar o segundo amarelo. O jogo se encaminhou para o final ainda com uma chance do Mundo Real fazer o terceiro gol, mas o jogo terminou em 2 a 0.

“Jogadores do Mundo Real surpreenderam”

Acostumado a treinar bons times desde a década de 1990, Deco, técnico do Mundo Real, falou a respeito da equipe e da superação nos últimos jogos. “Os jogadores do Mundo Real me surpreenderam nos últimos três jogos, foram quase que perfeitos dentro de campo. O que pedimos, esses meninos com muita raça, muito empenho, muita dignidade conseguiram, reverter os resultados que eram desfavoráveis. Foram os jogadores que conquistaram essa classificação para mais uma final da minha vida”, assinalou.

Decisivo na partida contra o Sacolão, Nenê dedicou os gols da classificação ao amigo e jogador do grupo Vagner Santiago, atacante que sofreu um acidente de motocicleta e ficou fora das partidas neste ano. “O grupo foi feito para chegar entre os melhores. A gente não é o melhor, mas a gente vai com muita força para a final. Tropeçamos na fase classificatória e muita gente  falou do nosso time. Estamos aqui para provar que lá fora não ganha jogo, o que ganha jogo é aqui dentro (do campo)”, avaliou.

O primeiro jogo da final deve ser domingo (11) e o jogo derradeiro no dia 18, ambos no Centenário.

Empate tenso

A primeira vaga da final foi decidida no dia 27 de novembro, sob chuva. Municipal e Sol América fizeram uma partida disputadíssima que gerou muitos cartões, confusões e um princípio de briga ao final do jogo.

Precisando da vitória, o Municipal do técnico Teda foi pra cima e com Éverton Oliveira “Golé”, camisa 10, abriu o placar. Ainda na primeira etapa o Sol América empatou também com o meio campista e um dos artilheiros do time, Maurício Jaques. O Municipal ainda pressionou na segunda etapa e buscou o gol com bolas paradas, mas não conseguiu furar o bloqueio do goleiro Jonas e da zaga do Sol América.

Para o técnico do Municipal, Paulo Cesar Leal “Teda”, a partida foi de chances para os dois times. “Foi um grande jogo. Tivemos chances de fazer o resultado, mas eles estão de parabéns”, resumiu. Autor do gol da classificação, o artilheiro Maurício Jaques falou sobre a final inédita. “Foi um lance na frente da área, o Ricardo conseguiu achar um espaço e bateu à gol. O goleiro não conseguiu defender totalmente, deu o rebote e eu consegui marcar. Inédita classificação, primeira vez que o Sol América vai a uma final em três anos. Nós esperávamos um jogo difícil, mas acreditávamos no nosso potencial dentro do campo”, definiu o meio campista Jaques, fazendo menção à primeira vez, em três campeonatos, que o Sol América conquista uma vaga na final do Citadino Principal.

Ao final da partida houve um desentendimento entre alguns atletas das duas agremiações, o que gerou um princípio de briga que foi contido pelos demais atletas e comissões técnicas.