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Rosário do Sul ganha projeto de energia eólica na Serra do Caverá

Rosário pode entrar para o hall de municípios com energia renovável a partir de uma iniciativa de cidadãos e de proprietários rurais.

Trata-se do projeto Complexo Eólico da Serra do Caverá, que deve ter investimento inicial de quase R$ 6 milhões.

Os recursos são oriundos da empresa Integra Energia, do rosariense João Nunes Ramis, com a Cooperativa de Geração de Energia e Desenvolvimento Creral, que tem sede em Erechim-RS. A verba será utilizada para a medição dos ventos na região, encaminhamento das licenças ambientais, regularização fundiária e para o desenvolvimento do projeto do site eólico, com linhas de transmissão, subestações e acessos, entre outros. Já a construção do parque, caso se viabilize, dependendo da potência da usina e da quantidade de aerogeradores a serem instalados, pode alcançar R$ 2 bilhões em investimento.

O consultor Jaime Ramis, irmão de João, esteve esta semana reunido com a nova administração municipal e visitou a Gazeta. Ele falou sobre o projeto, que iniciou no ano passado. Segundo Ramis, uma torre de medição de ventos foi instalada no Caverazinho e realiza o levantamento desde o dia 23 de dezembro. Se confirmada a expectativa para geração comercial de energia eólica, o projeto pode se transformar em usina após venda da energia em leilão público ou no mercado de consumidores livres. Com isso, seriam gerados centenas de empregos diretos e indiretos em construção do parque, bem como renda mensal para os proprietários das terras e retorno em impostos para o município.

Conforme Ramis, o movimento de realização do projeto começou por iniciativa de proprietários das regiões envolvidas, na Serra do Caverá, que apresentaram os mapas locais para estudo da empresa Integra Energia. A localidade, segundo novo mapa eólico do Rio Grande do Sul, é indicada como excelentes em condições de ventos e com potencial para o desenvolvimento de um projeto eólico.

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A torre anemométrica já foi instalada na divisa da Estância da Serra com a Três Figueiras. O equipamento tem 120 metros de altura, mede o vento, temperatura, umidade e pressão, e teve um investimento de R$ 500 mil – além de R$ 60 mil para a construção da estrada que leva ao mecanismo. A torre deve funcionar, ininterruptamente, por três anos. “É uma condição indispensável para a elaboração de um projeto eólico. Assim, um futuro investidor pode ter certeza da condição do negócio e do seu retorno. A velocidade média do vento e sua constância determinará a qualidade e a rentabilidade do investimento”, explica Ramis.

A torre tem um raio de alcance de 10km. Dentro desta faixa, mais propriedades podem ser incluídas na iniciativa. Após os primeiros anos de medição, com toda documentação necessária pronta, o projeto estará apto a vender energia, o que definirá a construção do complexo eólico por possíveis investidores. Segundo Ramis, o tempo para que isso aconteça não deve ser inferior a 40 meses.

Ramis explicou também que, além da primeira torre de medição no Caverazinho, um segundo equipamento pode ampliar o projeto. A outra torre ficaria na direção do Touro Passo e aumentaria a potência do complexo eólico para mais de 400MW. “Estamos fazendo estudos e é possível que em 60 dias essa segunda torre já comece a operar”, contou o consultor.

Foto em destaque: Divulgação/Integra Energia

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