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DE DENTRO DO TATAME: Confira a coluna “Reconhecimento”

Antes mal vistos e marginalizados muitas vezes por serem incompreendidos ao escolherem praticar um “esporte” (assim mesmo, entre aspas, descritos por muita gente) dito violento e fora do padrão normal que a sociedade aceitava, os artistas marciais são, em muitos casos nos dias atuais considerados exemplo para os mais novos e em muitos países tratados até como “heróis nacionais”, dada tamanha importância que vieram a ter para o desenvolvimento esportivo em seu território de origem. Hoje se vê uma aceitação muito maior, em diversos níveis sociais, de praticantes de artes marciais fazendo que o esporte de luta seja praticado em ambientes totalmente diferentes entre si. Desde a comunidade carente da periferia, até a academia de alto padrão, das áreas mais nobres, de qualquer cidade, do Brasil e do Mundo.

Trabalho Árduo…

Isso se deve à dedicação dos primeiros professores e praticantes, que mesmo sendo considerados “cidadãos de segunda classe”, nunca deixaram de ensinar e lutar, literalmente, pelo desenvolvimento das artes marciais e que estas pudessem ser praticadas por qualquer pessoa, independentemente de sua condição social, capacidade física, sexo, credo, cor, idade ou situação financeira. A prática de um esporte de luta nos dias atuais é tão bem aceito e reconhecido, que a UNESCO, braço das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura, declarou, em 2013, que o judô é o melhor esporte como formação inicial para as crianças e jovens de quatro a vinte e um anos já que promove uma educação física integral, o que era, por sinal, um dos objetivos do professor Jigoro Kano, o criador desta arte marcial, tinha em mente ao desenvolver este método de prática.

…de Sol a Sol

Era algo impensado quando, no final do século XIX e início do XX, começaram a ser desenvolvidas as práticas marciais que conhecemos hoje em dia, que teríamos uma arte marcial como o melhor esporte para desenvolvimento e formação de crianças e jovens, principalmente. Os esportes de luta sempre foram vistos como desinteressantes, muito mais por preconceito do que por conhecimento. Com o crescimento e a facilitação de acesso às mídias, essa opinião infundada de muitos que sequer conheciam o básico das artes marciais mudou, devido a maior divulgação de como eram e como funcionavam os “ambientes marciais”.

Orgulho

Antes disso tudo acontecer, diversos desportistas tinha uma “pontinha” de vergonha de se intitularem praticantes de uma luta, e sempre que se destacavam por essa prática, eram indagados sobre o que faziam “para viver”, paralelamente ao esporte, o que muitas vezes era verdadeiro, já que não existia a possibilidade de viver somente da luta. Hoje é com orgulho que se autodenominam praticantes de Jiu-Jitsu, Judô, MMA ou qualquer outra arte marcial.

Gratidão

Hoje é algo imensamente gratificante para qualquer “lutador” ver sua arte tendo destaque positivamente em qualquer lugar, sendo em âmbito competitivo ou simplesmente perante a comunidade onde este vive. Este reconhecimento faz com que muitas pessoas inclusive vivam somente através de arte marcial, sendo elas lutadores profissionais, dono de escolas de artes marciais ou professores de artes marciais.

Ainda falta, principalmente apoio financeiro, para que as artes marciais sejam mais e mais praticadas, mas tudo o que conquistamos até hoje, somos gratos… …De Dentro do Tatame. Uma boa quarta-feira a todos.

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