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Estado homologa situação de emergência por estiagem em Rosário do Sul

Na última quarta-feira, 27, o Governo do Estado homologou a situação de emergência em Rosário do Sul em razão da estiagem.

A decisão, publicada na segunda-feira, 31, aconteceu após análise dos documentos que comprovam os impactos da seca no município e deve beneficiar a zona rural da região.

A prefeitura de Rosário do Sul decretou a situação de emergência em áreas do município afetadas pela estiagem no último dia 11. O texto salientava o problema com a falta de água nos últimos meses e referia que a ausência de chuvas é grande causa de danos humanos, agrícolas e econômicos. 

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Com o reconhecimento da situação de emergência por parte do governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), Rosário do Sul pode receber apoio suplementar dos órgãos do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC, como dispensa de licença ambiental e licitações, tornando mais rápidos os processos e compras para amenizar os problemas da seca.

A medida também permite que financiamentos rurais sejam recalculados e parcelas estendidas. Além disso, produtores poderão conseguir acesso a seguros agrícolas. Ainda, após a homologação do decreto pela União, é possível a obtenção de recursos estaduais e federais para investir na cidade. 

Outros nove municípios tiveram suas situações reconhecidas na mesma oportunidade: Nova alvorada, Vanini, São Vicente do sul, Caseiros, Inhacorá, Vale Verde, Herval, Candelária e Canguçu.

Foto: Renato Moraes/Gazeta de Rosário

Agricultura e pecuária já apresentam perdas consideráveis

A estiagem que perdura desde o mês de outubro em Rosário do Sul já causa prejuízos no setor do agronegócio e nos rios que banham o município. Nesta terça-feira, 1º, o rio Santa Maria, caiu de 83 centímetros abaixo do seu nível normal para 87cm de ontem para hoje.

Em entrevista à Gazeta, o presidente do Sindicato Rural, Gilberto Moreira, revelou que as perdas dobraram em relação ao levantamento realizado no início do ano, quando do anúncio da situação de emergência no município. A entidade apresentou os novos números para a Emater e à Secretaria Municipal de Agricultura, e pretende encaminhá-los à Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).

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O intuito de Moreira é evidenciar a necessidade de custeios, financiamentos e a preocupação de agricultores e pecuaristas com compromissos futuros. “Infelizmente, a situação vem se agravando, pois a chuva não vem”, disse ele.

Segundo o presidente do Sindicato, as maiores perdas estão sendo registradas nas plantações de milho, com 80%, e 60% na soja, mas o arroz também já começa a preocupar. “Estamos vendo lavouras abandonadas por falta de água ou grão prejudicado devido às altas temperaturas da semana passada”, contou Moreira.

Na bovinocultura, sem citar números, Moreira também alerta que há animais sem água para beber e pouca oferta de pasto. “A falta de prenhes gerará consequências futuras importantes. Infelizmente, se não chover nos próximos dias esse panorama tende a piorar”, lamentou.

SAIBA MAIS

A Defesa Civil com o auxílio do 4º Regimento de Carros de Combate (RCC) e da Secretaria Municipal de Agricultura, está levando água para comunidades no interior que estão passando por dificuldades. No sábado, 29, a equipe esteve no Caverá, 4º Distrito de Rosário do Sul, abastecendo as comunidades do Rincão dos Fontoura e Sanga Seca. 

Conforme a Corsan, não há, no momento, risco de desabastecimento ou previsão de racionamento de água. Segundo o setor operacional, os reservatórios e a captação de água no Rio Ibicuí da Armada estão em situação normal.

Foto em destaque: Renato Moraes/Gazeta de Rosário

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