Setores no Brasil inteiro se uniram e foram para as ruas na Greve Geral desta sexta-feira (28). Em Rosário do Sul a mobilização teve como palco a Praça Borges de Medeiros. Uma centena de pessoas vestiram a camiseta de seus sindicatos, confeccionaram cartazes e representaram uma única voz: não às reformas trabalhistas e previdenciárias.

A concentração teve início pelas 10 horas e foi até o meio da tarde. Participaram representantes da Corsan, Judiciário, Polícia Civil, CPERS/Sindicato acompanhados de alunos e professores, Correios, Caixa Econômica Federal, Banrisul, Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Frente Brasil Popular e comunidade.

Membro do Sindicato dos Bancários de Rosário do Sul, Gilberto Ruffo Acosta, diz que a manifestação contou com a participação de pessoas que realmente querem mudar a situação do país. “Não se calem, vamos para a luta. Querem fazer com que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) seja rasgada e isso nós não vamos permitir, porque todas essas mudanças só vem trazer prejuízo para os trabalhadores”, afirma.

Entre conversas e troca de ideias, as forças vivas envolvidas se uniram de maneira pacífica. Crianças, jovens e adultos interagiram em prol da causa.

O professor e integrante da Frente Brasil Popular Marco Barreto, disse estar surpreso com a representatividade das categorias. “Temos hoje aqui várias categorias que mostram o descontentamento do funcionário público com as reformas. O que vem pela frente é o desmonte do serviço público”, enfatiza Barreto.

A escrivã judicial Geneci Quines acredita que há um desequilíbrio no trato com os setores. “A previdência é deficitária pois os grandes devedores não são cobrados. A realidade é essa”, relata.

Membros do CPERS/Sindicato local também participaram do ato regional em Livramento. Na mesma linha, o Sindicato dos Comerciários local participou da paralisação estadual em Porto Alegre.

Os protestos na Região

São Gabriel – Em São Gabriel, os atos se concentraram no acesso à cidade, onde cerca de 300 pessoas participaram. Sindicatos e até mesmo políticos se manifestaram durante o dia. O acesso em uma das mãos da BR-290 foi interrompido, de forma pacífica, a cada meia-hora para distribuição de panfletos.

Alegrete – Centenas de manifestantes saíram às ruas. A concentração, no início da manhã, foi na Praça General Osório e começou depois de dois bloqueios, um em frente às garagens das duas empresas de transporte coletivo e da ponte Borges de Medeiros. A manifestação foi pacífica e os integrantes fecharam a quadra da Getúlio Vargas em frente à Urcamp, quando as entidades falaram à comunidade.

Livramento – Organizadores estimam que aproximadamente quatro mil pessoas participaram do Dia de Greve Geral. A multidão saiu de frente do CPERS, desceu a Rua dos Andradas, fez mais uma concentração na Praça General Osório e se dirigiu até o INSS.