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Morre Luiz Carlos Alves da Rosa, um dos fundadores dos Bambas da Orgia

Faleceu, na noite de quarta-feira (13), o sambista e músico nativista Luiz Carlos Alves da Rosa aos 73 anos vítima de uma parada cardiorrespiratória. Ele era um dos co-fundadores da Escola de Samba Bambas da Orgia e também havia sido premiado em festivais tradicionalistas como a Gauderiada da Canção Gaúcha.

Luiz Carlos nasceu em 25 de agosto de 1947, era compositor, cantor e violinista. Em 1971, há 50 anos, fundava com o amigo Iedo Aglair Fontoura (in memórian) e outros carnavalescos a Escola de Samba Bambas da Orgia da qual tinha um amor incondicional. Atuou em vários grupos musicais de carnaval e tradicionalistas. Tinha um dom natural que era de assobiador, que encantava pela harmonia.

O músico e instrumentista Luiz Carlos faleceu aos 73 anos

No tradicionalismo, entre outras premiações, foi co-autor da clássica música nativista “Noites Pampeanas” em parceria com Marco Antonio Soares na 2ª Gauderiada da Canção Gaúcha em Rosário do Sul. A milonga interpretada por Marco Antonio e Grupo Terra Viva conquistou, naquele janeiro de 1984, o prêmio de “Música Mais Popular”. Ele também foi destaque no Sinuelo da Canção em São Sepé, assobiando na música “O assobiador”. Na década de 90 fez participação especial no programa Galpão Crioulo na RBS TV.

Em nota, a direção da Escola de Samba Bambas da Orgia lamentou a grande perda, assinalando que ele “Representou muito bem a cultura musical de Rosário do Sul nos diversos grupos de música tradicionalista gaúcha e de samba que fez parte”. A nota de pesar encerra dizendo que “para nós ficará, além da saudade, a lembrança de uma alegria contagiante e um refrão inesquecível – O sambista dormiu, dormiu e sonhou, e o sonho de um Bamba se materializou”.

Luiz Carlos (E) foi fundador da Escola de Samba Bambas da Orgia, juntamente com seu amigo Iedo Aglair Fontoura- já falecido

“Luizinho”, como era conhecido pelos familiares e amigos, era casado e deixa seis filhos. O velório ocorreu na manhã desta quinta-feira (14), na Sala A da Funerária Angelus e o sepultamento ocorreu às 11h no Cemitério São Sebastião.

Noites Pampeanas

“Não haviam cercas o pampa era liso
Horizonte longínquo fugia visão
Os Tauras Andarilhos Troteavam na noite
Seguindo as estrelas pela escuridão.
Ao pé do fogo aceso a tardinha
Os peões chimarreavam e tocavam violão
Comiam churrasco, contavam histórias
De tempos passados, agora ilusão.
Assim era o Rio Grande até bem pouco tempo
Pra quem nunca ouviu falar desse rincão
Em poucas palavras lembrei o passado
Da terra mais buena de todo esse chão.”
(Clássico  nativista “Noites Pampeanas”, premiada na 2ª Gauderiada da Canção)

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